quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Suave veneno,gostoso veneno...

Mulheres...
Soltem seu veneno. Doce demais enjoa!

Uma Carlos

Sempre tive mais facilidade pra falar os meus defeitos do que as minhas qualidades. Talvez porque eles são muito intensos...Não tenho problemas em assumir que sou chata,irônica,bocuda,arrogante,esstressada,impaciente,impulsiva, eufórica,geniosa...rsrssr não,não estou exagerando! Sou isso mesmo. E as vezes detesto ser assim. E as vezes amo ser assim.
Mas o fato é que sou EU. Antes e acima de tudo. Detesto hipocrisia,falsos moralismos,demagogia.
E mudo o tempo todo! Uma "matamorfose ambulante" (salve Raul!),me reinvento sempre que a vida pede um pouco mais de mim...
Caetano Veloso,em sua sabedoria serena disse cantando: "cada um sabe a DOR e a DELÍCIA de ser o que é". Pois sou dolorosamente e deliciosamente Patrícia Carlos.
Paty

"Clareando"

Aí está um texto delicioso da Clara Melo. Ela é linda de mais...no seu jeitinho de ser escritora. É filha de uma figura conhecida aqui no Piauí. Tem só 18 anos,vejam só! E tanta sabedoria...e tanta maturidade! O texto parece que foi feito pra mim (eu e minha mania de pretenção). Dia desses ganhei o livro dela. Chama "A casa de Isabel" e ela escreveu com 17 anos. O livro é verdadeiramente lindo e eu indico com todo gosto. Degustem queridos,porque eu ja me enlambuzei:


"Antes eu estivesse realmente triste do que apenas inerte.
Eu queria qualquer sentimento, ainda que fosse mesquinho ou melancólico. Estou indiferente, e isso me sangra sem dor.
Sinto saudade das minhas batalhas perdidas, das minhas revoltas de causas pesadas ou até pouco importantes, das minhas angústias amargas, da minha vontade de correr o mundo, da minha ingenuidade poética, dos meus sorrisos com alma, dos meus choros sentidos. Sinto falta das mil pelejas em vão que me motivavam a continuar tropeçando e levantando, caindo e me reerguendo.
Estou mergulhada em ausências, e tudo que sobra é um silêncio vazio. Grito dentro de mim, e ecoa... Sou oca e acústica, mas não faço melodia, só sopro ventos mudos e permaneço quieta, caladinha e quase inexistente.
Minhas asas andam enferrujadas do sonho de voar, e minha garganta economiza as utopias. Ando desanimada e solitária, sem aquilo que outrora me acompanhava como sombra. Estou só.
Quero qualquer fevura, e até dissabores se isso me fizer mais viva.
Sinto falta do meu coração inquieto, das curvas do meu caminho, da minha vontade de viver. Eu sinto falta de mim."  (Saudade - Clara Melo)
"saudade é a presença da ausência..."